Mas, sempre reclamam de sua curta longevidade.
É. Dependendo do prisma observado, é uma reclamação plausível.
Há dois dias no ano para ser presenteado, e em um deles você ganha uma lembrança que acaba rapidamente,que provavelmente não vai desfrutá-lo sozinho, e ainda corre o risco de ter reações intestinais desagradáveis.
É,de fato, poderia ser melhor.

Mas, calma lá.Ainda há outras pesperctivas.
Camisas, livros , cds... Também são perecíveis. Claro, que num maior prazo de tempo, mas, não deixam de nos abandonar um dia. E o que fica deles?
As sensações, os efeitos em nós instigados, as associações feitas a quem nos presenteou ou a situações proporcionadas pelos mesmos.
Dizem por aí, que doces são a síntese de todas as sensações boas que a vida pode nos oferecer. E olhando por essa ótica, pra quê um presente melhor?
Mas, o fato é que todos os presentes tornar-se-ão lembranças.
Assim como todas as passagens em nossa Vida.
Ok. Tudo um dia vai ser uma vaga reminiscência.E afinal, o que vale então?
Reduzir tudo a um papel de bombom ou mastigar cada pedaço sentindo todas as nuances ali possíveis? Ora, reduzirão-se a "nada" daqui a pouco!
Eis o X da questão.
Apegamo-nos sempre a sensações, a prazeres efêmeros, a fugazes momentos.
Percebo isso quando deixo de estudar pra perder tempo na internet,quando troco aquela leitura altamente enriquecedora por alguns minutos ficando surda com o fone nos ouvidos, quando como margarina delituosamente e sei que os cravos do meu rosto vão agradecer e meu colesterol vai ser um vilão de minha saúde em alguns anos.
Tuuudo errado. E, o pior, eu sei disso.
Mas não, eu prefiro ir destruindo minha , já escassa, inteligência, minha audição, minha saúde...Me apraz de forma mais intensa ser auto negligente.
Parabéns!
Mas, tudo bem.Coloquemos a cabeça pra fazer jus a sua utilidade, e aproveitemos os doces a nós oferecidos.
Vai um chocolate aí?
[À Aline, que me é sempre um doce, altamente saudável.
E, que ao ler meus textos, nutre sempre meu ego e me dá mais vontade de escrever!]
;)