domingo, 27 de setembro de 2009

Doce Fuga

Meus irmãos não gostam de ganhar chocolates no aniversário.Não que eles não gostem dessa maravilha negra, por vezes branca, doce e suculenta.

Mas, sempre reclamam de sua curta longevidade.

É. Dependendo do prisma observado, é uma reclamação plausível.

Há dois dias no ano para ser presenteado, e em um deles você ganha uma lembrança que acaba rapidamente,que provavelmente não vai desfrutá-lo sozinho, e ainda corre o risco de ter reações intestinais desagradáveis.

É,de fato, poderia ser melhor.

Mas, calma lá.Ainda há outras pesperctivas.

Camisas, livros , cds... Também são perecíveis. Claro, que num maior prazo de tempo, mas, não deixam de nos abandonar um dia. E o que fica deles?

As sensações, os efeitos em nós instigados, as associações feitas a quem nos presenteou ou a situações proporcionadas pelos mesmos.

Dizem por aí, que doces são a síntese de todas as sensações boas que a vida pode nos oferecer. E olhando por essa ótica, pra quê um presente melhor?

Mas, o fato é que todos os presentes tornar-se-ão lembranças.

Assim como todas as passagens em nossa Vida.

Ok. Tudo um dia vai ser uma vaga reminiscência.E afinal, o que vale então?
Reduzir tudo a um papel de bombom ou mastigar cada pedaço sentindo todas as nuances ali possíveis? Ora, reduzirão-se a "nada" daqui a pouco!

Eis o X da questão.

Apegamo-nos sempre a sensações, a prazeres efêmeros, a fugazes momentos.

Percebo isso quando deixo de estudar pra perder tempo na internet,quando troco aquela leitura altamente enriquecedora por alguns minutos ficando surda com o fone nos ouvidos, quando como margarina delituosamente e sei que os cravos do meu rosto vão agradecer e meu colesterol vai ser um vilão de minha saúde em alguns anos.

Tuuudo errado. E, o pior, eu sei disso.

Mas não, eu prefiro ir destruindo minha , já escassa, inteligência, minha audição, minha saúde...Me apraz de forma mais intensa ser auto negligente.

Parabéns!

Mas, tudo bem.Coloquemos a cabeça pra fazer jus a sua utilidade, e aproveitemos os doces a nós oferecidos.

Vai um chocolate aí?


[À Aline, que me é sempre um doce, altamente saudável.
E, que ao ler meus textos, nutre sempre meu ego e me dá mais vontade de escrever!]

;)

2 comentários:

Unknown disse...

Ooô eu tô emocionada aqui. Adoreei Jaeel! Mas a verdade tem que ser diita, tu escreve demais! Quando eu crescer quero escrever assim que nem tu! ahuahuahua. Adooro!

Amaurilio disse...

Aline tu ves la consideracione que la thica tiene por usted, yo no sabreia le definir, con mi debil español, Parabiens, por nem todo regalo es tan noble, Giovana to com inveja rsrsr, mas usted sabe que es una bona inveja, que Dios le abençoe e que contenue a escrebir, le favorecera em la carrega de periodista, te mas.